O XV Encontro Nacional de Teatro de Rua de Angra dos Reis – 2011, realizado e organizado pelo Grupo Cutucurim, através do Prêmio Funarte - Festivais de Artes Cênicas - 2010, FUNARTE – Fundação Nacional de Artes - Ministério da Cultura, e com apoio da Prefeitura Municipal de Angra dos Reis, agitará Angra dos Reis do período de 11 à 15 de Novembro de 2011, na Vila do Abraão e outras comunidades da Ilha Grande.
www.encontrodeteatroderua.com
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quinta-feira, 10 de novembro de 2011
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Revolvendo a memória e ascendendo às consciências - texto crítico de Walter Lima Torres sobre "A Saga no Sertão da Farinha Podre"
*Crítica referênte à apresentação do espetáculo no V FESTCAMP - Festival Nacional de Teatro de Campo Grande
O Coletivo da Margem (CTM) de Uberlândia, liderado e dirigido por Narciso Telles, trouxe ao FESTCAMP a sua primeira incursão pelo universo do teatro de rua. Trata-se de um espetáculo arrojado que na sua forma faz apelo a matrizes populares da nossa cultura onde se mesclam a assimilação do importado e a cultura religiosa. As alusões ao popular estão desde os figurinos com suas cabeças-caveiras-de-boi até a malhação do Judas; o comportamento do bloco do sujo; o Trenzinho Caipira de Villa Lobos; etc.
Quanto à narrativa propriamente, o coletivo se atém ao fragmento, onde cada momento da ação cênica transcorre de maneira autônoma, entre as partes, num espaço específico dentro da Praça do Radio, no coração da cidade.
O ponto de partida do espetáculo é a apresentação de uma versão para peça de Sófocles, Antígona, anunciada pelo “bloco de sujo” com suas faces cobertas por máscaras de carnaval. O verdadeiro rosto do ator é revelado quando os mesmos retiram a mascara e se apresentam, informando seu nome e o personagem que irá representar ao tomar parte na adaptação da peça grega. E nesse exercício de revelação da própria identidade de cada integrante, e por que não dizer da revelação da precariedade desses improvisadores-fazedores de teatro, eles informam ainda os seus números de CPF. Essa atitude revela uma espécie de reivindicação ao fato de que o ato teatral também é um ato de cidadania, que combate a tirania e revela as desigualdades. E neste caso, brevemente, a tirania é representada por Creonte, o “ditador” que se opõem aos rituais de sepultamento para o corpo de Polinices realizados por Antígona.
Logo depois será substituído por um outro tirano. A “Tia” traveca, imperialista e ariana, calçando coturnos e de chicote na mão, com visual Dzi-Croquete, que se põem a sufocar o arcaico, dando inicio ao seu circo pós-brega com direito a desfile de moças selecionadas onde o outro, o diferente, não tem lugar e é excluído.
Esta ação cênica inicial, realizada pelo Coletivo da Margem (CTM), a qual não deixa de traduzir um conflito, é só uma espécie de apresentação dos conflitos que se desdobrarão, sempre de forma alegórica incitando o transeunte desavisado a refletir sobre sua própria condição de oprimido pelas mais diversas manifestações de controle exercidas, sobretudo pelas “figuras utópicas que representam a cidade ideal”, como não deixa de afirmar a sinopse do espetáculo.
O Coletivo da Margem (CTM) parece ter elaborado sua prévia pesquisa de campo, para realização do espetáculo, entorno dos problemas existenciais e dos conflitos sociais atinentes à própria cidade de Uberlândia, entretanto percebe-se que o “sertão da farinha podre”, e, sobretudo “a farinha podre”, pode estar por toda parte espraiada, por diversas cidades. E o pior é que nem sempre conseguimos enxergar essas violências perpetradas pela manifestação do poder e da ordem, e sem querer somos até coniventes na nossa alienação involuntária. Essas violências ganham formatos edulcorados, perucas louras, modos subliminares, para manifestarem ainda hoje com indelével desfaçatez a violência da exclusão. Sobretudo se pensarmos as relações sedimentadas pelo princípio do “homem cordial” enraizada nas nossas relações sociais. E nesse sentido, de forma alegórica o Coletivo da Margem (CTM) aborda o preconceito racial; a violência contra as mulheres; a tirania dos detentores do poder; a necessidade de criarmos santos e mitos, etc.
Grande parte do teatro realizado nos anos 1960 e 1970, no Brasil, esteve dedicada a manifestar o seu protesto contra um regime ditatorial, totalitário que havia suprimido as instancias de debate público e a liberdade de expressão do cidadão. Hoje as regras do jogo parecem ter mudado e respiramos ares democráticos, e o cidadão nunca teve tantos meios de expressão à sua mão. Porém em nossas cidades, em nosso país e pelo mundo afora persiste o conflito entre valores arcaicos e valores contemporâneos. Há um choque cultural permanente. Esse choque pode ser percebido ao dobrarmos a esquina de qualquer cidade brasileira, aonde vamos tropeçando nessas realidades, que apesar de suas mazelas estão repletas de memórias e poesia.
Essa memória e essa poesia é que nos foi sugerida pelo trabalho do Coletivo da Margem (CTM) que alude sem afirmar, que indica sem determinar, pois ao optar por imagens metafóricas convida o transeunte espectador a meditar sobre seu próprio comportamento e as relações numa sociedade contemporânea que se teatraliza, ela própria, mascarando as relações de poder e afetividade, para não citarmos outras esferas relacionais.
É emblemática a ação cênica numa das cenas finais, a da cantiga popular infantil sobre Terezinha de Jesus e seus três Cavalheiros. Ressignificando o sentido da canção, o Coletivo da Margem (CTM) chama atenção para violência silenciada pela moral e pelo peso do ambiente social. E ainda operando com o principio alegórico, os “Judas” de um “Sábado de Aleluia” que estão pendurados pelas árvores da Praça do Rádio, personificam, neste momento a “perdida” Terezinha. Trata-se da personificação de um princípio, o do feminino; a personificação de uma idéia, a idéia do Outro: que três vezes é violentado e ultrajado indo ao chão; a mulher que três vezes é castigada por Pai, Irmão e Marido; a voz que três vezes é silenciada, pela família e por aquele terceiro, a quem a Terezinha da cantiga não teve outra escolha senão também lhe dar a mão.
O Coletivo da Margem (CTM) de Uberlândia, liderado e dirigido por Narciso Telles, trouxe ao FESTCAMP a sua primeira incursão pelo universo do teatro de rua. Trata-se de um espetáculo arrojado que na sua forma faz apelo a matrizes populares da nossa cultura onde se mesclam a assimilação do importado e a cultura religiosa. As alusões ao popular estão desde os figurinos com suas cabeças-caveiras-de-boi até a malhação do Judas; o comportamento do bloco do sujo; o Trenzinho Caipira de Villa Lobos; etc.
Quanto à narrativa propriamente, o coletivo se atém ao fragmento, onde cada momento da ação cênica transcorre de maneira autônoma, entre as partes, num espaço específico dentro da Praça do Radio, no coração da cidade.
O ponto de partida do espetáculo é a apresentação de uma versão para peça de Sófocles, Antígona, anunciada pelo “bloco de sujo” com suas faces cobertas por máscaras de carnaval. O verdadeiro rosto do ator é revelado quando os mesmos retiram a mascara e se apresentam, informando seu nome e o personagem que irá representar ao tomar parte na adaptação da peça grega. E nesse exercício de revelação da própria identidade de cada integrante, e por que não dizer da revelação da precariedade desses improvisadores-fazedores de teatro, eles informam ainda os seus números de CPF. Essa atitude revela uma espécie de reivindicação ao fato de que o ato teatral também é um ato de cidadania, que combate a tirania e revela as desigualdades. E neste caso, brevemente, a tirania é representada por Creonte, o “ditador” que se opõem aos rituais de sepultamento para o corpo de Polinices realizados por Antígona.
Logo depois será substituído por um outro tirano. A “Tia” traveca, imperialista e ariana, calçando coturnos e de chicote na mão, com visual Dzi-Croquete, que se põem a sufocar o arcaico, dando inicio ao seu circo pós-brega com direito a desfile de moças selecionadas onde o outro, o diferente, não tem lugar e é excluído.
Esta ação cênica inicial, realizada pelo Coletivo da Margem (CTM), a qual não deixa de traduzir um conflito, é só uma espécie de apresentação dos conflitos que se desdobrarão, sempre de forma alegórica incitando o transeunte desavisado a refletir sobre sua própria condição de oprimido pelas mais diversas manifestações de controle exercidas, sobretudo pelas “figuras utópicas que representam a cidade ideal”, como não deixa de afirmar a sinopse do espetáculo.
O Coletivo da Margem (CTM) parece ter elaborado sua prévia pesquisa de campo, para realização do espetáculo, entorno dos problemas existenciais e dos conflitos sociais atinentes à própria cidade de Uberlândia, entretanto percebe-se que o “sertão da farinha podre”, e, sobretudo “a farinha podre”, pode estar por toda parte espraiada, por diversas cidades. E o pior é que nem sempre conseguimos enxergar essas violências perpetradas pela manifestação do poder e da ordem, e sem querer somos até coniventes na nossa alienação involuntária. Essas violências ganham formatos edulcorados, perucas louras, modos subliminares, para manifestarem ainda hoje com indelével desfaçatez a violência da exclusão. Sobretudo se pensarmos as relações sedimentadas pelo princípio do “homem cordial” enraizada nas nossas relações sociais. E nesse sentido, de forma alegórica o Coletivo da Margem (CTM) aborda o preconceito racial; a violência contra as mulheres; a tirania dos detentores do poder; a necessidade de criarmos santos e mitos, etc.
Grande parte do teatro realizado nos anos 1960 e 1970, no Brasil, esteve dedicada a manifestar o seu protesto contra um regime ditatorial, totalitário que havia suprimido as instancias de debate público e a liberdade de expressão do cidadão. Hoje as regras do jogo parecem ter mudado e respiramos ares democráticos, e o cidadão nunca teve tantos meios de expressão à sua mão. Porém em nossas cidades, em nosso país e pelo mundo afora persiste o conflito entre valores arcaicos e valores contemporâneos. Há um choque cultural permanente. Esse choque pode ser percebido ao dobrarmos a esquina de qualquer cidade brasileira, aonde vamos tropeçando nessas realidades, que apesar de suas mazelas estão repletas de memórias e poesia.
Essa memória e essa poesia é que nos foi sugerida pelo trabalho do Coletivo da Margem (CTM) que alude sem afirmar, que indica sem determinar, pois ao optar por imagens metafóricas convida o transeunte espectador a meditar sobre seu próprio comportamento e as relações numa sociedade contemporânea que se teatraliza, ela própria, mascarando as relações de poder e afetividade, para não citarmos outras esferas relacionais.
É emblemática a ação cênica numa das cenas finais, a da cantiga popular infantil sobre Terezinha de Jesus e seus três Cavalheiros. Ressignificando o sentido da canção, o Coletivo da Margem (CTM) chama atenção para violência silenciada pela moral e pelo peso do ambiente social. E ainda operando com o principio alegórico, os “Judas” de um “Sábado de Aleluia” que estão pendurados pelas árvores da Praça do Rádio, personificam, neste momento a “perdida” Terezinha. Trata-se da personificação de um princípio, o do feminino; a personificação de uma idéia, a idéia do Outro: que três vezes é violentado e ultrajado indo ao chão; a mulher que três vezes é castigada por Pai, Irmão e Marido; a voz que três vezes é silenciada, pela família e por aquele terceiro, a quem a Terezinha da cantiga não teve outra escolha senão também lhe dar a mão.
Walter Lima Torres
Crítico Teatral
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quinta-feira, 13 de outubro de 2011
CTM no FESTCAMP
Nessa sexta-feira o Coletivo Teatro da Margem pega estrada novamente, desta vez em direção ao Mato Grosso do Sul, apresentar A Saga no Sertão da Farinha Podre no V FESTCAMP - Festival Nacional de Teatro de Campo Grande.
Confira abaixo o programa do festival:
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terça-feira, 4 de outubro de 2011
I FESTA - FESTIVAL DE TEATRO DE RUA DE ARAÇUAÍ - ÍCAROS DO VALE Cia de teatro 15 anos
Essa semana o Coletivo Teatro da Margem retorna ao Vale do Jequitinhonha. Essa será a terceira viagem que o grupo faz à Araçuaí. A primeira foi em 2007 quando conhecemos o Vale na perspectiva da criação de nosso primeiro espetáculo, o "Canoeiros da Alma". Em 2009 voltamos, desta vez com a apresentação do espetáculo, cumprindo assim nosso desejo de apresentar o "Canoeiros" nas terras, e para as pessoas, de lá. Mas nossa ligação com o Vale não terminaria por aí, mais um ano ímpar e lá vamos nós novamente apresentar nosso primeiro espetáculo de rua no primeiro festival de rua de Araçuaí "A Saga no Sertão da Farinha Podre" no I FESTA. E também ministraremos uma oficina de Viewpoints na Rua. E que venha a estrada e que comece a FESTA!
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Segundo Experimento Solo: O Musgo
Fotos do Segundo Experimento Solo: O Musgo, de Samuel Giacomelli, apresentado no dia onze do onze de dois mil e dez às onze horas na programação do Festival Musgo.
Matéria sobre a apresentação no Blog do Coletivo Tamboril
.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Performance Das Cadeiras na última noite do Jambolada 2010
INTE(G)RAÇÃO
28 de Outubro de 2010, por Palco Fora do Eixo - Sem comentários aindaCom uma média de duas apresentações por dia, o JamboEncena – dentro do Jambolada – conseguiu interagir muito bem com o público. Além da arena central ocupada pela música, tivemos um ponto ocupado pelo Clube de Cinema quase que constantemente e ações do Palco Fora do Eixo ocupando o salão que conectava aqueles dois ambientes aproveitando o fluxo de pessoas e a área externa, usada para descanso, cigarro, respiro e...performances .
Num evento em que não havia intervalo entre uma banda e outra – dois palcos, qunado um para o outro começa – o público optava por circular, tomar um ar e no caminho deparava com apresentações de malabarismo, performances e teatro. Algumas apresentações chegaram a juntar rodas de pessoas que acompanhavam de perto as atividades do PFE naquele momento. Em alguns momentos, mesmo com vergonha e receio, a vontade e a curiosidade do público de participar completou nossas expectativas.
A baixo, um vídeo de um rapaz que estava no público e deu um depoimento sobre sua breve experiência com a Performance das Cadeiras que foi realizada pelo Coletivo Teatro da Margem no domingo.
A experiência foi muito boa e a proposta de integração das artes parece estar cada vez mais estruturada e conquistando seu espaço aos poucos dentro de festivais que consideramos referências para que a proposta das artes integradas ganhe força.
Artur Faleiros
Enxame Coletivo
Palco Fora do Eixo
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terça-feira, 19 de outubro de 2010
poeminhas FRINGE



A todos vocês que nunca viram a Cia. dos Atores...
Você é um fracassado!!! Você é um fracassado!!!
Eu não vi e isso me causou ira!
Paçoca!
Desde sábado que ninguém me liga...
Calma! Conforto e Cultura, é Baby
Escreve isso aí
Estou escrevendo
O que foi que a gente fez!
Isso é uma pergunta?
Assistimos peças boas...
Ora! Isso não é[qui]xiste
Silêncio [luz] respiro penso
Penso novamente
Escute! Escute! chrict (som de mastigar skini)
Ei! Me dá uma bolacha
Só uma ta?
Ãhn Ãhn
Obrigado
E acabo existindo
Não, não acabou não
Não ainda
O fio, o frio, o crime
O quê? Está me consumindo
Sinusite da tristeza
Fome do veto, do VETO!
Não devo ser ético
Sem coerência
Sem valor, não devo ter valor
Afinal, até onde vai...
Vai, vai, vai pro ônibus menina
Ah! A gente entende, né.
Pára de mexer com os outros
Vai pro fim da fila!
Viadagem.
Peido do motorista
O motorista (Ele) ta abraçado com o outro
Deixa...
E vai, a cena.
Interativa!
E não esqueça seus óculos.
Cena 2
(O começo no ônibus)
Ônibus mucho color que anda en el mar caliente.
Caliente! Ai como estoy caliente!
Caliente es el fuego do inferno
Inferno que é barca
Barca do inferno, inferno de Dante.
Dante, gigante, amante do Luís.
Luís Carlos Leite foi excluído do poema
Poema e poemas vou declamar para o motorista.
Motorista de longas jornadas
Jornadas alucinantes comandadas pelo mega-blaster maquiador Coletivo, Dilon.
Dilon, amigão, do tamanho de Iemanjá.
Iemanjá captou a freqüência do meu pensamento.
Pensamento que me leva ao Vale de Lágrimas quando vejo os cabelos de Afonso
Afonso, insano ou santo?
Santo, santo, santo. Santo é o Senhor que nos salva.
Salva, salve, sinta o cinto.
Cinto na bunda do menino mau.
Mau mesmo eram os ratos que ficaram ao lado da igreja em Curitiba.
Curitiba, etc, etc, etc e tal.
Tal qual a garatuja ensandecida.
Ensandecida, eu grito um tempo em que os cantos foram desaparecendo.
Desaparecendo da face da Terra.
Cena 3 Poeminha.
Trinta e um de março de dois mil e nove
Nove patinhos estão dormindo com suas cabeças vermelhas
Vermelhas cerejas suculentas como o cupuaçu do norte
Norte azul que me incendeia
Incendeia minhas idéias cheias de marimbondo
Marimbondo me picou na testa
Testa maldita chegarei até seu cérebro
Cérebro e suas conexões elétricas, sinapses e sinopses
Sinopses, sinos, sinais, silêncio
Silêncio é um desejo, às vezes impossível mas que diz muito
Impossível não terminar aqui.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
CTM no FITUB
O CTM estará no 23º Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau:
Começou na terça-feira, 4 e terminou na quinta-feira, 6 a seleção dos espetáculos inscritos ao 23º Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau, realizado pela FURB e que acontecerá de 9 a 17 de Julho no Teatro Carlos Gomes.
Valmor Nini Beltrame, Professor Associado da Universidade do Estado de Santa Catarina e Membro de corpo editorial da Móin-Móin (UDESC); Pita Belli, coordenadora geral do FITUB e Cibele Bohn , servidora da FURB e coordenadora auxiliar do Festival de Teatro
Site da FURB

O 23º FITUB recebeu 54 inscrições nacionais e 11 internacionais.
Conheça os selecionados:
Mostra Universitária Nacional
1) Hay Amor – Universidade Estadual de Campinas – SP
2) O Abajur Lilás – Universidade Federal de Santa Maria - RS
3) Ascensão e Queda da Cidade Mahagonny – Universidade Estadual de Campinas – SP
4) A Cena é Pública – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) - RJ
5) A Noiva e o Condutor – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará– CE
6) Canoeiros da Alma – Universidade Federal de Uberlândia – MG
7) A Serpente – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – RJ
Mostra Paschoal Carlos Magno – Universitária Ibero-Americana
1) El Enfermo Imaginario – Universidad Nacional del Litoral – Santa Fé – Argentina
2) Ofélia – Instituto Universitario Nacional del Arte – Buenos Aires – Argentina
3) Ene, Finos Discursos y Perra Catástrofe – Universidad Finis Terrae – Santiago – Chile
4) Eteocles, Antígona, Polinices y otros hermanos – Universidad de Antioquia – Medellín – Colômbia
5) Tartarugas e Migração – Universidade Nova de Lisboa – Portugal.
Selecionadores
Participaram da comissão de seleção do FITUB os professores Walter Lima Torres, atualmente no Departamento de Letras Estrangeiras Modernas, atuando na área de francês e no Programa de Pós Graduação em Letras da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba; Heloíse Baurich Vidor, professora efetiva do Departamento de Artes Cênicas da Universidade do Estado de Santa Catarina, na área de Pedagogia do Teatro; Site da FURB
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segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Olhares Sobre o Corpo 2009
ESPETÁCULOS
15 de dezembro
Canoeiros da Alma
Coletivo Teatro da Margem
Canoeiros da Alma é um espetáculo concebido a partir de várias leituras do universo dos moradores às margens do rio no Vale do Jequitinhonha. Esse rio não é o mesmo para cada um deles, seu significado pode trazer a idéia de vida, morte ou simplesmente ser indiferente. Os atores do Coletivo Teatro da Margem desvelam as sensações, impressões das experiências pelo grupo vivenciada nesse contexto, e que constantemente pairam sobre as vidas das pessoas do Vale do Jequitinhonha. Histórias que não são vistas ou contadas, mas as que foram vividas, onde nada se pede à Deus, a não ser que os livre da indiferença.
Elenco:
Adriana Moreira
Afonso Mansueto
Camila Tiago
Jhonatan Rios
Lucas Dilan
Nádia Higa
Marcella Prado
Priscilla Bello
Samuel Giacomelli
Dramaturgia: Luis Carlos Leite
Direção: Narciso Telles
Cenografia: Coletivo Teatro da Margem
Figurinos: Coletivo Teatro da Margem
Trilha sonora pesquisada: Coletivo Teatro da Margem
Iluminação: Camila Tiago e Nádia Higa
Produção: Adriana Moreira, Priscilla Bello e Samuel Giacomelli
Operação de luz: Marina Ferreira
Operação de som: Narciso Telles
Fotos : Luana Magrela
Local: Palco de Arte
Horário: 21h
18 de dezembro
I'm Not Here ou A Morte do Cisne
André Masseno
Dança-comentário elaborada a partir do diálogo com a obra coreográfica A Morte do Cisne criada em 1907 por Michel Fokine especialmente para a bailarina Anna Pavlova.
Local: Palco de Arte
Horário: 20h
Horário: 20h
19 de dezembro
Double Face -- Estranho é se Assim lhe Parece, Estas e outras Palavras
Flux Cia. De Dança de Ipatinga

Double: duplo. Double face: face dupla. Encontrar possibilidades através de desdobramentos. Desenvolver estratégias de sobrevivência. O sim e o não. Fim e princípio. Inclusão e exclusão. Ambigüidades. Entre o espaço delimitado por paradoxos existe o breve momento da estranheza, das decisões. Tempo para fazer escolhas. Hiato, vazio... O que legitima a escolha conveniente? Erros. Acertos. Corpo traduzido em conflito (meio ou veículo?). Corpo legendado que faz uso de si mesmo para se estabelecer como idéia, informação. Negociações... Resistência. Corpo misturado (sujeito ou mercadoria?). Originalidade e contaminação. Existe diálogo entre conceitos antagônicos? O que define o estranho? Talvez esse mesmo corpo descontextualizado daquilo que o meio estabelece como aceitável? Ou o não entendimento daquilo que não é identificável? O que é estranho? A palavra, a ação ou a existência? Antes das respostas é preciso agir.
Local: Palco de Arte
Horário: 20h
PERFIL
Olhares sobre o Corpo acontece na cidade de Uberlândia/Minas Gerais como um fórum de estudos sobre a relação contemporânea nas artes do corpo com a dança, artes visuais e a performance.
Em uma cidade de 600 mil habitantes, com seis universidades, que abriga um grande festival de dança durante 20 anos e, também uma bienal de artes visuais, esse projeto se apresenta como uma proposta de intensificar o pensamento artístico, científico produzido nesta manifestação cultural glocal, criando formas de encontro com outras reflexões estéticas dentro e fora de nosso espaço.
Mais do que um momento para apresentações de espetáculos, o fórum tem como proposta sua continuação não-formal, i.e., o que pode continuar a ser produzido antes-durante-e-após a sua passagem. Este blog com informações a respeito de sua produção, discussões, formação de redes é ferramenta de apoio deste conceito vivo.
O projeto acontece com parcerias que vão de bares às universidades, tentando abranger um máximo de pessoas que se interessam e que podem-vir-a-se-interessar por essas discussões. De pessoas em pessoas o festival desenvolve um espaço ambiental singular criando, em conjunto, um novo mapa de relação cultural na cidade.
De 2004 a 2007, Olhares sobre o Corpo trouxe para Uberlândia artistas e profissionais afins de Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Argentina.Houveram apresentações de espetáculos, encontros para discussões de temas relacionados à produção artística, lançamento de livros, exposições de trabalhos de artes-visuais no Palco de Arte (sede do evento) e em outros espaços da cidade: praças públicas, galerias de arte e locais cedidos pela Prefeitura Municipal de Uberlândia.Nomes como Helena Katz, Christine Greiner, Nirvana Marinho, Marcela Benvegnu, Marcelo Castilho Avellar, Lenora Lobo, Cristina do Espírito Santo (Itaú Cultural), Grupo Alaya, Cia. Meia Ponta, Tuca Pinheiro, Marisa Monadjemi, Cia. Meia Ponta, Adriana Banana, Cláudia Müller, Helena Vieira, Juliana Piquero, fizeram parte do festival, juntamente com outros artistas da cidade como Vanilton Lakka, Wagner Schwartz, Juliana Penna, cia. Uai Q Dança, cia. Balé de Rua, Grupo Strondum, Ana Reis, Aline Schwartz, Luciana Branco, Thiago Costa, Cassia Nunes, Rosana Artiaga e o Grupo Porcas Borboletas.
Olhares Sobre o Corpo se mostra como proposta viva mediante ao ajuntamento e transcriação de linguagem em relações de parceria com as faculdades de artes cênicas, artes visuais, história, geografia, filosofia, psicologia possibilitando o desenvolvimento da produção sociocultural e estética da comunidade local. Além dos encontros artísticos, foram convidados professores de outras áreas de conhecimento científico para investigar o corpo na sociedade contemporânea como a psicanalista Salma Abdumassi, a historiadora Claudia Guerra, o oftalmologista Dr. José Mesquita, o ginecologista Túlio Tadeu Marcoline, o professor de filosofia Dr. Bernardo Bernardino e o ambientalista Eduardo Bevilaqua.
A idéia desse evento é promover um encontro entre a comunidade de Uberlândia, artistas da cidade e outros estados possibilitando o acesso a arte e, fundamentalmente, colaborando para os processos educativos de formação de público e de consciência crítica a cerca do corpo-sujeito na arte-cultura contemporânea.
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Olhares sobre o corpo
Olhares sobre o Corpo acontece na cidade de Uberlândia/Minas Gerais como um fórum de estudos sobre a relação contemporânea nas artes do corpo com a dança, artes visuais e a performance.
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http://olharessobreocorpo.blogspot.com/
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sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Programa Radiola - Festival Jambolada 2009
Mais um belo trabalho de cobertura realizado pelo Radiola, programa de música produzido pela Trama e veiculado toda segunda-feira, às 20h, na TV Cultura. Dessa vez, o foco foi o Festival Jambolada 2009, com uma breve participação do Coletivo Teatro da Margem com imagens da performance "Das Cadeiras" que foi apresentada durante o Festival. Confiram:
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sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Hoje o Coletivo Teatro da Margem apresenta a performance "Das Cadeiras" e a amanhã a "Corpos que Ficam" no Festival Jambolada.
Confiram a programação completo do Festival clicando na imagem:

"leia-me descubra-me submeta-me deguste-me ouça-me coma-me levante-me lamba-me cheira-me bata-me tira-me feche-me beija-me faça-me puxe-me aprecie-me sinta-me ajunta-me demarque-me contraste-me cubra-me delongue-me arranca-me desnude-me meça-me cobiça-me prove-me refaça-me tange-me sirva-me toma-me venda-me rompa-me tapa-me"
A performance propõe a interação direta porém “quase” passiva com o público. Busca suscitar no espectador a relação com os performers através de alguma ação traduzida por um verbo reflexivo – levante-me, beije-me, cheire-me – escolhido por cada performer, que impossibilitado de mover-se por estar amarrado em sua respectiva cadeira, apenas compartilha de alguma maneira tal ação com aquele que a executa.
Abaixo fotos da performance "Das Cadeiras". (Clique para ver Grande)
Xingue-me (Marina Ferreira)
Sinta-me (Marcella Prado)

Ouça-me (Camila Tiago)

Levante-me (Lucas Dilan)

Dispa-me / Vista-me (Samuel Giacomelli)

Deguste-me (Prisicilla Bello)

Cheire-me (Nádia Yoshi)

Apalpe-me (Jhonatan Rios)
Amarre-me (Afonso Mansueto)
Mais fotografias em: http://www.orkut.com.br/Main#Album?uid=18017456810506799557&aid=1255792178
Confiram a programação completo do Festival clicando na imagem:

"leia-me descubra-me submeta-me deguste-me ouça-me coma-me levante-me lamba-me cheira-me bata-me tira-me feche-me beija-me faça-me puxe-me aprecie-me sinta-me ajunta-me demarque-me contraste-me cubra-me delongue-me arranca-me desnude-me meça-me cobiça-me prove-me refaça-me tange-me sirva-me toma-me venda-me rompa-me tapa-me"
A performance propõe a interação direta porém “quase” passiva com o público. Busca suscitar no espectador a relação com os performers através de alguma ação traduzida por um verbo reflexivo – levante-me, beije-me, cheire-me – escolhido por cada performer, que impossibilitado de mover-se por estar amarrado em sua respectiva cadeira, apenas compartilha de alguma maneira tal ação com aquele que a executa.
Abaixo fotos da performance "Das Cadeiras". (Clique para ver Grande)
Ouça-me (Camila Tiago)
Levante-me (Lucas Dilan)
Dispa-me / Vista-me (Samuel Giacomelli)
Deguste-me (Prisicilla Bello)
Cheire-me (Nádia Yoshi)
Apalpe-me (Jhonatan Rios)
Mais fotografias em: http://www.orkut.com.br/Main#Album?uid=18017456810506799557&aid=1255792178
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terça-feira, 13 de outubro de 2009

O Espetáculo "Canoeiros da Alma" do Coletivo Teatro da Margem foi prêmiado no Festival Universitário de Patos de Minas.
Levamos o Prêmio de Melhor Iluminação (Camila Tiago e Nádia Yoshi)
Além das seguintes indicações:
- Melhor Direção (Narciso Telles)
- Melhor Atriz Coadjuvante (Camila Tiago)
- Melhor Atriz (Nádia Yoshi)
- Melhor Ator (Samuel Giacomelli)
- e MELHOR ESPETÁCULO
PARABÉNS COLETIVO PELO PRÊMIO E PELAS INDICAÇÕES, ESTAMOS APENAS NO COMEÇO DE NOSSA TRAJETÓRIA - PELA MARGEM!!!
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domingo, 11 de outubro de 2009
Ali do lado. Patos de Minas.
Ali do lado. Patos de Minas.
Uberlândia, Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro, Araçuaí, Uberaba e, por último, Patos de Minas. Ontem, às 15:30 (horário um tanto inconveniente) Canoeiros da Alma se apresentou no III Festival Nacional de Teatro Universitário de Patos de Minas, somando mais um lugar por onde o Coletivo Teatro da Margem circulou.
Problemas logo às seis horas da manhã, horário marcado para a viagem: causas irregulares relativas ao transporte que nos é oferecido pela Universidade Federal de Uberlândia vêm se tornando uma constante. E o fato de nos possibilitarem transporte aos locais de apresentação NÃO É NENHUM FAVOR, afinal “Canoeiros da Alma” é uma produção que se vincula à instituição, sendo uma atividade também de extensão. Enfim, foi-nos oferecido à princípio um MICRO-ONIBUS de uma empresa terceirizada que presta serviço à Universidade (que estava no horário e hora marcados, sem problema algum), também um caminhão e um motorista, patrimônio e funcionário PÚBLICOS da UFU, respectivamente, que não compareceram. Na verdade o caminhão estava pronto para a viagem, na garagem ainda, mas o motorista... Cogitamos a possibilidade de levarmos o cenário do “Canoeiros da Alma” e do espetáculo “As Criadas”, da Confraria Tambor, que também se apresentou no festival, na ELZA, fiat strada do Afonso. Mas graças ao Humberto, motorista da Ptrans tur, a empresa terceirizada, conseguimos um ônibus com bagageiro grande. Embarcamos!!!!
Chegando em Patos mais um problema, aliás que já conhecíamos com antecedência: o espaço que nos foi destinado para a apresentação era um PALCO ITALIANO, indo totalmente contra a proposta de encenação de Canoeiros da Alma. Enfim, mas uma vez, fomos flexíveis, respiramos, e acomodamos o público presente no palco e alguns outros na platéia. Infelizmente, acontecendo dessa forma, a concepção do espetáculo perde em essência de proposta.
Após o espetáculo, tínhamos meia hora para desmontarmos tudo, exatamente tudo e deixar o espaço livre para o próximo grupo a se apresentar, coincidentemente, o grupo era a Confraria Tambor, que estreou seu espetáculo às 22 horas (um horário bem mais conveniente que o nosso). Ao mesmo tempo da desmontagem, aconteceu um "debate" sobre o “Canoeiros da Alma” e não pudemos estar todos presentes, pois tínhamos um grande trabalho a fazer. De que adiantou tal debate?
Imposições demais às vezes cansam. Flexibilidade demais às vezes cansa. Desrespeito demais às vezes cansa!
Só pra deixar registrado, nossa "carga" um tanto quanto marginal:
Uberlândia, Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro, Araçuaí, Uberaba e, por último, Patos de Minas. Ontem, às 15:30 (horário um tanto inconveniente) Canoeiros da Alma se apresentou no III Festival Nacional de Teatro Universitário de Patos de Minas, somando mais um lugar por onde o Coletivo Teatro da Margem circulou.
Problemas logo às seis horas da manhã, horário marcado para a viagem: causas irregulares relativas ao transporte que nos é oferecido pela Universidade Federal de Uberlândia vêm se tornando uma constante. E o fato de nos possibilitarem transporte aos locais de apresentação NÃO É NENHUM FAVOR, afinal “Canoeiros da Alma” é uma produção que se vincula à instituição, sendo uma atividade também de extensão. Enfim, foi-nos oferecido à princípio um MICRO-ONIBUS de uma empresa terceirizada que presta serviço à Universidade (que estava no horário e hora marcados, sem problema algum), também um caminhão e um motorista, patrimônio e funcionário PÚBLICOS da UFU, respectivamente, que não compareceram. Na verdade o caminhão estava pronto para a viagem, na garagem ainda, mas o motorista... Cogitamos a possibilidade de levarmos o cenário do “Canoeiros da Alma” e do espetáculo “As Criadas”, da Confraria Tambor, que também se apresentou no festival, na ELZA, fiat strada do Afonso. Mas graças ao Humberto, motorista da Ptrans tur, a empresa terceirizada, conseguimos um ônibus com bagageiro grande. Embarcamos!!!!
Chegando em Patos mais um problema, aliás que já conhecíamos com antecedência: o espaço que nos foi destinado para a apresentação era um PALCO ITALIANO, indo totalmente contra a proposta de encenação de Canoeiros da Alma. Enfim, mas uma vez, fomos flexíveis, respiramos, e acomodamos o público presente no palco e alguns outros na platéia. Infelizmente, acontecendo dessa forma, a concepção do espetáculo perde em essência de proposta.
Após o espetáculo, tínhamos meia hora para desmontarmos tudo, exatamente tudo e deixar o espaço livre para o próximo grupo a se apresentar, coincidentemente, o grupo era a Confraria Tambor, que estreou seu espetáculo às 22 horas (um horário bem mais conveniente que o nosso). Ao mesmo tempo da desmontagem, aconteceu um "debate" sobre o “Canoeiros da Alma” e não pudemos estar todos presentes, pois tínhamos um grande trabalho a fazer. De que adiantou tal debate?
Imposições demais às vezes cansam. Flexibilidade demais às vezes cansa. Desrespeito demais às vezes cansa!
Só pra deixar registrado, nossa "carga" um tanto quanto marginal:
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quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Fotografias do espetáculo Canoeiros da Alma apresenatado no Teatro Odisséia, Lapa, Rio de Janeiro, em agosto de 2009 dentro da programação do Festival Ecoar, por Luana Magrela.

O Varal. Foto: Luana Magrela.

Camila Tiago e Nádia Yoshi. Foto: Luana Magrela.

Priscilla Bello e Lucas Dilan. Foto: Luana Magrela.

Camila Tiago. Foto: Luana Magrela.

Afonso Mansueto. Foto: Luana Magrela.

Camila Tiago e Adriana Moreira. Foto: Luana Magrela.
Adriana Moreira e Marcella Prado. Foto: Luana Magrela.

Samuel Giacomelli e Priscilla Bello. Foto: Luana Magrela
O Varal. Foto: Luana Magrela.
Camila Tiago e Nádia Yoshi. Foto: Luana Magrela.
Priscilla Bello e Lucas Dilan. Foto: Luana Magrela.
Camila Tiago. Foto: Luana Magrela.
Afonso Mansueto. Foto: Luana Magrela.
Camila Tiago e Adriana Moreira. Foto: Luana Magrela.
Samuel Giacomelli e Priscilla Bello. Foto: Luana Magrela
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quinta-feira, 16 de abril de 2009
Fotografias do espetáculo "Canoeiros da Alma" em apresentações realizadas durante o FRINGE 2009
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sábado, 14 de fevereiro de 2009
CANOEIROS DA ALMA
Comentário de Antonio Carlos Brunet (Dunga)
Coletivo Teatro da Margem, grupo formado por alunos e egressos do curso de Teatro, da Universidade Federal de Uberlândia, sob a direção de Narciso Telles, nos proporciona uma experiência gratificante com o espetáculo ‘Canoeiros da Alma’. O trabalho é o resultado de uma pesquisa sobre o universo dos moradores às margens do rio, no Vale do Jequitinhonha.
O primeiro ponto favorável ao espetáculo é a concretização da difícil transposição da realidade ribeirinha para o palco, que ganha contornos oníricos, através de uma leitura muito particular do grupo e direção, sintetizando forma e conteúdo com rápidas inserções, como flashes a formar um painel denso, poético e afetuoso do e sobre o universo em questão.
Não se estabelece uma narrativa linear, convencional e cronológica, assim como não há a preocupação e contar uma história via dramaturgia tradicional. Os fatos são narrados através de, basicamente, ações, que se bastam por si próprias, definindo ludicamente o espaço onde os atores/personagens se inserem. Há poucas intervenções de palavras, e, quando estas aparecem, demonstram a dificuldade dos jovens atores para dominá-las, o que é uma característica da nova geração e, uma fragilidade da academia contemporânea, que foca seu trabalho na preparação corporal do ator, esquecendo que língua também é músculo, e como tal, necessita estar em atividade constante para não atrofiar. Porém, sabiamente, a direção não força a mão neste rumo, sendo evidente seu foco, outro, de trabalho: o que é bem realizado.
Percebe-se claramente que o espetáculo inicia pelas beiradas (literalmente) do tema e do rio. Inserções do cotidiano do universo investigado são mostradas, como a mesa do jogo de truco, o velório, a religiosidade e são ouvidos cânticos de louvor a Deus, canções de candomblé, pontos de umbanda, cantigas folclóricas e de trabalho, que deságuam natural e tranqüilamente à beira, aí sim, do rio, onde acontece a seqüência cinematográfica das lavadeiras. Esta cena é uma longa exposição que ocupa, provavelmente, um terço do tempo do espetáculo, onde estas mulheres lindas e sensuais, sob o manto velado do sacrifício e glória do seu dia-a-dia, lavam trouxas de roupas e panos que são esfregados, torcidos, batidos, surrados, ora cantando, ora em silêncio pungente, como que a exorcizar o peso da dor e da miséria que as oprime. Após o dever cumprido, o banho regenerador. Uma cena de beleza pungente, onde todas, em fila, silenciosas, vencidas pelo cansaço, banham-se finalizando suas atividades. O silêncio é preenchido pelo rumor hipnótico da água que lambe seus corpos, com lascívia, como um bálsamo escorrendo pelo chão, liberando-as de todas as mazelas do mundo.
Subitamente, da harmonia estabelecida, instaura-se o caos. Uma festa imodesta, surreal ‘rave’ nos arrebata e nos situa temporalmente na ação. A globalização (palavra mais nojenta) não leva livre nem as margens do rio. Um verdadeiro mercado persa se estabelece: camelôs, vendedores de sacolé, fanáticos religiosos, bêbados, hippies e ripongas surgem como que brotados das profundezas do rio, a entoar seus pregões e discursos. Chuvas de moedas introduzem o personagem da Velha Índia que, bucólica, recorda o tempo em que as invasões bárbaras ainda estavam no início, quando tudo foi vilipendiado pela presença do garimpo, abrindo espaço para que a água, em forma de gelo assuma, metaforicamente a condição de pedras preciosas que deslizam pelo palco, como diamantes a saciar a sede e a ganância daqueles que as perseguem. Os diamantes em questão, não são eternos. Eles derretem e se esvaem por entre os dedos daqueles que os cobiçam. Tudo retorna à água.
Tudo volta, em ciclos, para o rio. Todos, como que em transe, exauridos, isolam-se, introspectivos, a ruminar, a remoer, a tartamudear compungidos ladainhas imperceptíveis, em busca de paz de espírito perdida, um consolo, um abrigo no seio da religiosidade a qual viraram as costas.
O epílogo é desconectado do geral do espetáculo – que até então trata de expor a comunidade como um todo -, e passa a mostrar uma história particularizada, de um personagem que abandona a esposa, que passa a viver com a cunhada. Estes personagens rodriguianos observam, através de uma moldura de quadro (ou janela), ora um, ora outro, ora os dois em suas diferentes configurações, todo o espetáculo, como uma costura onipresente. A inserção destes à história é forçada, pelo fato dos mesmos serem psicologizados, dentro de uma estrutura de representação.
O espetáculo transita num registro instigante, beirando, às vezes, ao incômodo. Ele é envolvente, embora apresentado dentro de um espaço com características de palco italiano, o que não é sua proposta primeira. A mim encanta sua ‘sujeira’, tanto a física quanto a estética, com cenas simultâneas, descontroles emocionais, arroubos vocais, exageros de interpretação, contrastando com momentos de extremo lirismo e delicadeza.
O elenco é bastante coeso, superando suas deficiências técnicas com ‘garra’ e desejo de superação. Sente-se que os atores estão todos muito bem inseridos na proposta da direção, deixando evidente o claro entendimento da mesma.
Creio ser da maior importância, para a cidade, um grupo que busca propostas diferenciadas do fazer teatral, destacando-se, assim, da mesmice do bom-mocismo e do politicamente correto que, via de regra, grassa nossas produções. Há que se ter espaço para todos os estilos de manifestações teatrais. Afinal, estamos numa das raras cidades do interior do país, privilegiada com um curso universitário, de teatro - local extremamente propício e adequado a experimentações e pesquisa. E, é muito agradável quando se percebe que, após o período de investigação e do processo de transposição, temos aos nossos olhos um resultado extremamente satisfatório como o conseguido pelo grupo e questão, levando-nos a ter confiança de que nem tudo está perdido.
Direção – Narciso Telles
Elenco – Adriana Moreira, Afonso Mansueto, Camila Tiago, Jhonatan Rios, Lucas Dilan, Marcela Prado, Nádia Yoshi, Priscilla Bello, Samuel Giacomelli, Alba Jacobina.
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