segunda-feira, 26 de outubro de 2009



"Vocês transformaram tabu em totem!"
(Danislau Também - Porcas Borboletas)*




* Sobre a apresentação de "Das Cadeiras" no Jambolada 2009

domingo, 25 de outubro de 2009

Coletivo, Mary Overlie, Donnie Mather e Viewpoints/Suzuki!!

Nádia, Priscilla e Samuel viajam nesta quarta-feira para o Rio de Janeiro onde acontecerá o II Engrupedança – Diálogos e Dinâmicas, a ser realizado nos dias 29, 30 e 31 deoutubro. O evento dá prosseguimento ao I Engrupedança, ocorrido em São Paulo, na UNESP, em 2007. Seu objetivo inicial foi promover a discussão referente à produção de conhecimento multidisciplinar em Dança, em âmbito nacional, fomentando o diálogo e o intercâmbio entre os Grupos de Pesquisas em Dança certificados pelo CNPq.
O Engrupedança receberá Mary Overlie performer, coreógrafa e professora que desenvolveu os seis Viewpoints e também o ator Donnie Mather que trabalha há 12 anos com os métodos Suzuki e Viewpoints com Anne Bogart diretora da Siti Company onde colaborou como artista associado. Os dois ministrarão workshops os quais nós experimentaremos.
Na semana seguinte, Marcella e Lucas chegam ao Rio para compor o coro do Coletivo. Trabalharemos mais intensivamente com Donnie Mather, num workshop de quatro dias ministrado na sede da Cia. dos atores.
Que beleza!!!!!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Hoje o Coletivo Teatro da Margem apresenta a performance "Das Cadeiras" e a amanhã a "Corpos que Ficam" no Festival Jambolada.

Confiram a programação completo do Festival clicando na imagem:


"leia-me descubra-me submeta-me deguste-me ouça-me coma-me levante-me lamba-me cheira-me bata-me tira-me feche-me beija-me faça-me puxe-me aprecie-me sinta-me ajunta-me demarque-me contraste-me cubra-me delongue-me arranca-me desnude-me meça-me cobiça-me prove-me refaça-me tange-me sirva-me toma-me venda-me rompa-me tapa-me"

A performance propõe a interação direta porém “quase” passiva com o público. Busca suscitar no espectador a relação com os performers através de alguma ação traduzida por um verbo reflexivo – levante-me, beije-me, cheire-me – escolhido por cada performer, que impossibilitado de mover-se por estar amarrado em sua respectiva cadeira, apenas compartilha de alguma maneira tal ação com aquele que a executa.

Abaixo fotos da performance "Das Cadeiras". (Clique para ver Grande)

Xingue-me (Marina Ferreira)

Sinta-me (Marcella Prado)


Ouça-me (Camila Tiago)


Levante-me (Lucas Dilan)


Dispa-me / Vista-me (Samuel Giacomelli)


Deguste-me (Prisicilla Bello)


Cheire-me (Nádia Yoshi)


Apalpe-me (Jhonatan Rios)

Amarre-me (Afonso Mansueto)

Mais fotografias em: http://www.orkut.com.br/Main#Album?uid=18017456810506799557&aid=1255792178

sábado, 17 de outubro de 2009

A cidade do progresso ignora sua memória. Coisas do convencionalismo.



















Alunos do curso de teatro e artes visuais foram rumo ao Teatro Grande Otelo, com suas máscaras, panfletos, baldes e esfregões. Objetivo: trajetos individuais ou coletivos rumo ao prédio onde um dia funcionou e (na teoria) voltará a funcionar o Teatro Grande Otelo na cidade de Uberlândia (o prédio está em ruínas). No local, ações que simbolizam nossos desejos e que se manifestaram de forma pacífica, mas que marcaram de certa forma as pessoas que por ali passaram, pois iam contra o convencionalismo diário, contra a ordem de costume.
Lavamos o teatro, suas paredes e calçadas com esfregões e água que muito rápido ia tomando o cheiro e a cor do abandono, do descaso que escorriam do prédio. Paramos o trânsito na avenida na tentativa de que as pessoas ao menos notassem naquela esquina a existência da fachada abandonada.
De fato, uma cidade que nem sequer preserva a memória de um grande ator brasileiro, negro, cômico, e nascido aqui, sofrerá constantes interferências da classe artística, em geral, pois não faz sentido algum que o movimento cesse sem que algo se transforme. Esse foi apenas o início das ações. Outras virão por aí.


O movimento "Vamos ao Teatro Grande Otelo?" surge com os seguintes objetivos:
- A preservação de um patrimônio público e histórico da cidade de Uberlândia;
- O funcionamento de um espaço teatral que há anos se encontra inativo e abandonado;
- Resgatar a memória de um ator cômico, popular, negro e uberlandense: Grande Otelo;
- Informar a classe artística, assim como a população em geral, sobre as condições em que o teatro se encontra e quais as medidas que vem sendo tomadas;
- Promover um movimento de contestação e diálogo dos artistas locais com o poder público;
Nossas primeiras ações:
- Diálogo com a Prefeitura e a Secretaria de Cultura de Uberlândia em busca de esclarecimentos sobre a verdadeira condição do Teatro Grande Otelo;
- Divulgação das informações à respeito do teatro em todos os meios de comunicação possíveis;
- Ação panfletária e performática com início no dia 16 de outubro, em espaços da cidade como em ônibus, terminais e fachada do Teatro Grande Otelo;
- Inserção da frase "Vamos ao Teatro Grande Otelo?" durante os espetáculos e outras manifestações artísticas dos artistas de Uberlândia.

Visitem: www.vamosaoteatrograndeotelo.blogspot.com

terça-feira, 13 de outubro de 2009


O Espetáculo "Canoeiros da Alma" do Coletivo Teatro da Margem foi prêmiado no Festival Universitário de Patos de Minas.
Levamos o Prêmio de Melhor Iluminação (Camila Tiago e Nádia Yoshi)
Além das seguintes indicações:
- Melhor Direção (Narciso Telles)
- Melhor Atriz Coadjuvante (Camila Tiago)
- Melhor Atriz (Nádia Yoshi)
- Melhor Ator (Samuel Giacomelli)
- e MELHOR ESPETÁCULO

PARABÉNS COLETIVO PELO PRÊMIO E PELAS INDICAÇÕES, ESTAMOS APENAS NO COMEÇO DE NOSSA TRAJETÓRIA - PELA MARGEM!!!

domingo, 11 de outubro de 2009

Ali do lado. Patos de Minas.


Ali do lado. Patos de Minas.

Uberlândia, Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro, Araçuaí, Uberaba e, por último, Patos de Minas. Ontem, às 15:30 (horário um tanto inconveniente) Canoeiros da Alma se apresentou no III Festival Nacional de Teatro Universitário de Patos de Minas, somando mais um lugar por onde o Coletivo Teatro da Margem circulou.
Problemas logo às seis horas da manhã, horário marcado para a viagem: causas irregulares relativas ao transporte que nos é oferecido pela Universidade Federal de Uberlândia vêm se tornando uma constante. E o fato de nos possibilitarem transporte aos locais de apresentação NÃO É NENHUM FAVOR, afinal “Canoeiros da Alma” é uma produção que se vincula à instituição, sendo uma atividade também de extensão. Enfim, foi-nos oferecido à princípio um MICRO-ONIBUS de uma empresa terceirizada que presta serviço à Universidade (que estava no horário e hora marcados, sem problema algum), também um caminhão e um motorista, patrimônio e funcionário PÚBLICOS da UFU, respectivamente, que não compareceram. Na verdade o caminhão estava pronto para a viagem, na garagem ainda, mas o motorista... Cogitamos a possibilidade de levarmos o cenário do “Canoeiros da Alma” e do espetáculo “As Criadas”, da Confraria Tambor, que também se apresentou no festival, na ELZA, fiat strada do Afonso. Mas graças ao Humberto, motorista da Ptrans tur, a empresa terceirizada, conseguimos um ônibus com bagageiro grande. Embarcamos!!!!
Chegando em Patos mais um problema, aliás que já conhecíamos com antecedência: o espaço que nos foi destinado para a apresentação era um PALCO ITALIANO, indo totalmente contra a proposta de encenação de Canoeiros da Alma. Enfim, mas uma vez, fomos flexíveis, respiramos, e acomodamos o público presente no palco e alguns outros na platéia. Infelizmente, acontecendo dessa forma, a concepção do espetáculo perde em essência de proposta.
Após o espetáculo, tínhamos meia hora para desmontarmos tudo, exatamente tudo e deixar o espaço livre para o próximo grupo a se apresentar, coincidentemente, o grupo era a Confraria Tambor, que estreou seu espetáculo às 22 horas (um horário bem mais conveniente que o nosso). Ao mesmo tempo da desmontagem, aconteceu um "debate" sobre o “Canoeiros da Alma” e não pudemos estar todos presentes, pois tínhamos um grande trabalho a fazer. De que adiantou tal debate?
Imposições demais às vezes cansam. Flexibilidade demais às vezes cansa. Desrespeito demais às vezes cansa!


Só pra deixar registrado, nossa "carga" um tanto quanto marginal:


quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A estreia dElas

Já em casa e uma sensação de tremor por dentro e que quase escandaliza por fora. Elas num tempo irrompido estreiou exatamente à duas horas atrás. O espetáculo: num espaço (adaptado). O triângulo foi posto num palco italiano que de certa forma nos desestabiliza pelo fato do nosso trabalho ser um tanto quanto intimista onde priorizamos o contato direto com aqueles que estão ali, naquele momento, sentados em volta dos três lados. Quarenta pessoas estavam bem próximas, encostadas, outras incontáveis, na platéia escura.
A recepção do público foi gostosa, num jogo de cumplicidade. Hoje foi apenas o início de um período de amadurecimento meu, de Nádia, de Camila, de Marcella e de Marina, num envolvimento nosso com tudo mais que compõe o espetáculo.
Amanhã tem mais, ainda bem!!!
Quero só agradecer a todo o Coletivo Teatro da Margem, á Camila (MARANHÃO), á Marly Magalhães, ao Getúlio, aos nossos colegas de curso e de profissão, aos nossos familiares, a todos aqueles que estão próximos do CTM, enfim, a todos que interferiram e interferem de algum modo no nosso trabalho e nas nossas vidas. Agradecer também ao Projeto Boca de Cena pela oportunidade e confiança.

terça-feira, 6 de outubro de 2009




































Elas num tempo irrompido.


Respiro.
Triângulo branco.
Cadeiras.
Envelopes.
Corpo.
Movimento interno, do ar, dos corpos. Instante.
Para um pouco e vive o instante. Esquece o passado. Agora é um instante. Agora é outro. Não se preocupe com o próximo. Respira esse. Sentiu?

O espetáculo surgiu de uma forma simples, sem um movimento explícito que afirmasse uma vontade coletiva de se trabalhar a partir de algo (indescoberto). Mas acontece que agora existe num profundo ainda a ser tocado mais minuciosamente por nós que buscamos a presença a cada instante e perceber o que existe ali em cada relação gerada através de interferências que entram em saem pela pele, carne, ossos, pelo suor, pelo cheiro, pelos olhos, pela boca.
O que vivemos até agora nesse processo, já existe como estrutura e se constitui como o todo; todo? Mas o que se estabelecerá a partir de então no contato direto com quem estiver conosco amanhã e depois, não sabemos. Ainda vai acontecer. Ainda é indescoberto. E queremos descobrir, ou não.