terça-feira, 15 de março de 2011

Objetos Sólidos no GritoEncena

Grito Rock América Latina chega a Uberlândia com integração de linguagens artísticas
Edição local do festival integrado contempla música, teatro, cinema, literatura, artes visuais e ainda traz série de debates e oficinas no Observatório Fora do Eixo.


Nesta semana, Uberlândia se soma à rede de mais de 130 cidades de 10 países das Américas que este ano produzem o Grito Rock, maior festival integrado do mundo. Shows musicais, espetáculo teatral, cineclube, exposição de artes visuais, intervenções cênicas e poéticas, debates e oficinas ocupam, de 15 a 19 de março, o Vinil Cultura Bar, o Campus Santa Mônica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), a sede da Fundação de Aprendizagem e Desenvolvimento Social do Menor (FADESOM) e a Casa Verde, sede do Goma - Cultura em Movimento, Ponto de Articulação do Circuito Fora do Eixo em Uberlândia, que realiza a 5a. edição do festival integrado na cidade.

A programação do Grito Rock Uberlândia começa com o Observatório Fora do Eixo (Observatório FDE), projeto que circula os Pontos do Circuito Fora do Eixo no Brasil e na América Latina, com atividades de debate e formação. Na sexta, o festival tem continuidade com o Grito EnCena, ação de artes cênicas que traz espetáculo teatral e intervenções. As atividades de sábado começam ainda pela tarde, com exibição gratuita d’OLuminoso - Cinema Livre no bairro Presidente Roosevelt, e se encerram no Vinil Cultura Bar, palco dos shows, das intervenções cênicas, da exposição itinerante ExpoGrito e do lançamento do fanzine de poesias OrFEL.

Grito EnCena

O Grito EnCena promove a circulação de artistas cênicos durante o Grito Rock. Em Uberlândia, a ação acontece no bloco 3M do Campus Santa Mõnica da UFU, no sábado, 19 de março, a partir das 19 horas, com o espetáculo “Objetos Sólidos”, do Coletivo Teatro da Margem, de Uberlândia. Nas noites de sexta (18) e sábado (19) ainda acontecem intervenções no Vinil Cultura Bar, a partir das 20 horas.


domingo, 13 de março de 2011

Processo de Criação #15 - Das vozes que sentenciam: Platonas, Creontes, Profetas e outros mais

"[...] a palavra é um ato de poder, o que equivale a afirmar que ela não é apenas um entre os seus outros símbolos, mas o seu exercício. O direito de falar e ser ouvido é o ofício do senhor. Os súditos calam ou repetem a palavra que ouvem, fazendo seu o mundo do outro. Porque a diferença entre um e outros está em que o primeiro detém a posse do direito de pronunciar o sentido do mundo e, por isso, o direito de ditar a ordem do mundo social. Ele é quem transformou um dever coletivo e anterior de dizer, no poder de ditar e ser, assim, obedecido; enquanto os outros, não tendo sido expulsos do ato de falar - todos falam, em toda parte - existem à margem do lugar onde se fala aquilo que transforma o mundo. Quem disse que sempre a fala do justo é justamente a palavra necessária? Verdadeira, quem garante que por isso mesmo ela seja legítima?"

Trecho retirado de:
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Educação Popular. São Paulo: Brasiliense, 1985. (2ª ed. )

quarta-feira, 9 de março de 2011

Processo de Criação #14 - A Sentença Prevista

"O poeta oscilará entre as sentenças mal concebidas do crítico, e os arestos caprichosos da opinião; nenhuma luz, nenhum conselho, nada lhe mostrará o caminho que deve seguir, — e a morte próxima será o prêmio definitivo das suas fadigas e das suas lutas."

Trecho de Obra Completa de Machado de Assis,
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, vol. III, 1994.

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